segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Continuação de "Um novo lugar"

-Filha chegamos!
Eu sai de dentro do carro, e fui direto para o meu quarto, minha mãe ainda não havia chegado do trabalho, meu pai é mas na dele, não gosta muito de diálogo, quando ele fala comigo com certeza tem que haver algo muito necessário, e no entanto não havia, já minha mãe é do tipo que pega no pé, tudo pra ela é motivo de perguntas, com direito a respostas concretas.
Agora tecnicamente eu estava só, podia gritar, chorar e ninguém me perturbaria com nada, mas naquele momento tudo o que eu queria, era andar um pouco e esquecer tudo. Eu tomei um banho, vesti a minha roupa preferida, e desci ao rumo da sala de estar.
-Pai, eu vou sair para descontrair um pouco!
-Claro filha, você deve, mais por favor não demore muito, você sabe como sua mãe é preocupada com você;
-Tudo bem, tchau!
Talvez, eu estivesse enganada sobre esse lugar, acho que meus olhos estavam tampados, ou talvez era só a saudade que não me deixava perceber o quanto esse lugar é encantador, e pra falar a verdade o que me fez voltar, foi as matas, um pouquinho de frio, e o vento úmido que batia em meus cabelos.

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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Continuação do capitulo "Um novo lugar"

-Acomode-se ali querida
A professora havia passado uma revisão sobre um livro, também passou o mesmo pra mim ler e fazer um relatório, e o melhor, um dos meus preferidos “Romeu e Julieta” de William Shakespeare. Eu Já o li um monte de vezes, então esse relatório não seria mais um problema pra mim.
A aula acabou, e eu estou louca pera voltar pra casa, já é hora do almoço, liguei para o meu pai vir me busca, demorou apenas 10 minutos e ele chegou, não sei porque, mas acho que aprendi o hábito de mentir.
-Olá filha, como foi na escola, foram legais com você?
-Foi ótimo eu quase não senti diferença as pessoas são muito hospitaleiras. – Tive que mentir mais uma vez sobre mim, mas não adiantava mentir para eles, era percebido na hora.
-Você não está muito animada, não é?
-Estou sim. –Lhe respondi com uma voz trêmula, mas não queria ver meus pais sofrendo por minha causa.
-Jane, eu sei que não está, me conte a verdade eu sou seu pai;
-Pai desculpa, mas eu não estou nada animada, sei lá a distância, o jeito como algumas pessoas me olham, o clima, não sei talvez seja só a adaptação.
-Eu entendo, sei que não é fácil, tanto pra você, quanto pra mim e sua mãe.- Meu pai parecia está me entendendo.
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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

CONTINUAÇÃO:

Ele foi o que mais trocou idéias comigo, sobre o lugar de onde eu vim, e sobre o clima principalmente, mas conversa não passou disso. Fora eu, ele, e Selena, tinham sentados na mesa mais dois, Jéssica e Rodrigo, eles também conversaram comigo, não tanto quanto Maicon.
E novamente tocou aquele sino agonizante, era hora de voltar para a sala de aula.
-Bom, é hora de voltarmos -. Disse Selena com um tom de aviso.
-É, eu sei já estamos indo;
-Eu queria te dizer, ou melhor te desejar uma ótima aula.
-Obrigada, pra você também -. Disse-lhe sorrindo vagamente, e ao mesmo tempo pegando as minhas coisas.
Pelo que pude perceber, a escola é totalmente linda, um ambiente muito agradável e ventilado, seu nome é Pitágoras.
Quando eu subi para a minha sala, a professora já se encontrava lá, tentei ser discreta, e com certeza lhe pedi licença, ela sorriu pra mim, claro ela percebeu eu era novata.
-Bom dia, é nova aqui, não é?-.Perguntou-me sorrindo.
-Sou sim, meu nome é Jane, aqui está o papel pra você assinar.
-Seja bem vinda, é uma menina muito discreta, não é mesmo?
-É, eu acho que sim -.Eu a respondi meio que desconfiada, mas não perdi o auto-estima, ou melhor as palavras, pois meu auto-estima estava bastante pra baixo.
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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Um novo lugar

Nós já estávamos saindo da minha terra natal, um lugar frio, onde poucos dias do ano faz sol. Meu guarda roupa é repleto de peças de frio, eu amo morar aqui. Desde que nasci, moro nesta cidade.
Estava a pensar no novo lugar onde eu iria morar, antes de sairmos para o aeroporto. Aqui em Montenegro uma das cidades mais frias e chuvosas do Brasil, o clima estava perfeito média de 17º graus.
Este lugar é a minha vida, ele é totalmente lindo: as árvores com seus troncos cobertos de musgos, os galhos que pendiam das copas, a terra coberta por samambaias. O clima estava úmido, como sempre é muito gelado, com uma constante camada de nuvens de chuva. Eu estava com a minha roupa preferida, uma jaqueta um pouco envelhecida de tanto usá-la, calça jeans meio rasgada e um tênis.
Sou descendente de italianos, mas não tenho a cor branca como o gelo, nem os olhos verdes como os olhos de meus pais. Minha mãe é meio que protetora demais me proíbe de fazer quase tudo, ela é um pouco descuidada de si mesma, mas é muito legal comigo.
Saímos de Montenegro ás 09:00 da manhã, eu respirava aquele ar como se fosse a última vez, meus pais viam em meu olhar a melancolia e a dor de mudar-me para outra cidade.
- Jane – Disse minha mãe pela centésima vez antes de entrarmos no avião.
- Se não quiser ir, nós não iremos.
Não mãe, está tudo bem, não se preocupe comigo. Eu tinha de mentir, pois aquele sempre foi o emprego dos sonhos de minha mãe.
Mamãe abraçou-me fortemente, respiramos bem fundo e entramos no avião.
De Montenegro a Parauapebas no Pará são 9 horas de vôo e mais alguns minutos de carro até a Serra dos Carajás, onde iremos morar.
Ao chegar eu pude notar a diferença, o clima era muito mais quente não havia pinheiros como o lugar de onde vim à movimentação de tantas pessoas nas ruas, outras até mostrando o corpo, eu não estava acostumada com aquilo, aquela não era a vida que eu tinha onde morava.
Quando nós chegamos a Parauapebas fazia 29º graus, é uma grande diferença para 17º graus. Eu amava o frio e odiava o calor.
Eu não estava acostumada com o clima quente. Por conta disso, o meu guarda roupa teve de ser renovado, eu tinha pouquíssimas roupas para aquele calor intenso e o pior nem sabia como era as pessoas daquele lugar.
Parauapebas era uma cidade não muito pequena, situada no Sudeste do Pará, possuía um pouco mais de 100 mil habitantes. Viemos para cá porque meu pai recebeu uma proposta de trabalho muito boa do Hospital Municipal de Parauapebas, uma proposta quase impossível de se recusar, pois o pagamento era muito acima do que ele ganhava.
Por fim chegamos à nova casa. Ela era grande e muito bonita. O meu quarto ficava no segundo andar da residência. Depois de levar minhas malas comecei a observar o local, havia uma bela cama e uma escrivania com um computador era um belo quarto com uma vista deslumbrante da Floresta Nacional de Carajás.
A casa era muito bem arrumada cheia de flores.
- Filha já olhou seu quarto?
Disse minha mãe com uma voz trêmula com medo de que eu não gostasse.
- Mãe é lindo! Tem uma vista maravilhosa, eu adorei obrigada!
Eu não estava feliz ao contrário, estava absolutamente triste. Minha mãe abraçou-me e deu um beijo no meu rosto, senti o quanto ela estava mal por mim.
- É... filha vou te deixar sozinha para você arrumar suas malas, depois a gente conversa.
Ela me deixou sozinha, com certeza para eu ficar mais a vontade e desarrumar as malas. Era ótimo ficar sozinha, assim não era obrigada a ficar com um sorriso no rosto e nem fazer uma cara de satisfeita, era um alívio poder olhar pela janela desanimadamente e poder deixar as lágrimas caírem, não queria que me vissem chorando. Tinha que pensar na amanhã seguinte, pois era o dia de ir à escola. Meu primeiro dia em uma escola nova. Ainda bem que era fevereiro, inicio do ano letivo. Estava preocupada porque eu deveria ser como qualquer gaúcha magricela, pele branca como o gelo assim seria mais fácil ser aceita ou me esconder no uniforme branco da escola.
- Oi gente!
- Oi filha, já arrumou todas as suas coisas?
- Já.
- Filha, eu vou pedir uma pizza para jantarmos. Tá bem pra você?
- Mãe eu não tô com fome, eu tô bem assim, não se preocupe comigo.
- Nem pensar você precisa comer algo. Durante toda a viagem não comeu nada, precisa se alimentar.
- Tá bem, mas só vou tomar um suco. Bem agora vou subir, já está tarde e preciso dormir.
- Filha é melhor mesmo, amanhã cedo tem aula e você precisa descansar.
Quando fui me deitar não agüentei e comecei chorar, definitivamente aquele não era meu lugar, apesar de ter meus pais ao meu lado, eu sentia que não conseguiria me adaptar ali.
Não dormi bem naquela noite, apesar de ter desabafado ao chorar, o calor naquele local era intenso e não me deixava dormir, então decidi ler meu livro preferido, talvez depois de uma boa leitura eu conseguisse dormir.
Pela manhã olhei pela janela e em fim estava chovendo, me sentia bem melhor ao ver a chuva, pois fazia eu me lembrar de Monte Negro.
Fui pro banheiro e tomei um bom banho, vesti o horrível uniforme que a mamãe comprou, pus minha jaqueta por cima, calcei meu tênis desci para tomar o café com meus pais.
- Bom dia querida! Você já viu como tá chovendo? Não vai sentir tanta falta de Montenegro.
- É mamãe eu já vi sim, agora deixa eu tomar meu café, pois já estou atrasada.
- Atrasada? Ainda falta uma hora e meia pra você entrar na escola.
- Mamãe é que eu não quero chegar tarde e ser o centro das atenções.
- Filha não pense assim, com certeza vai ter muitos novatos como você.
- É..., mas eu prefiro ir cedo.
- Tá bem, eu mesma te levo, só pra você não se sentir tão sozinha.
- Obrigada mãe!
O café da manhã foi normal, quase não trocamos mais palavras, o assunto se resumiu a nova escola.
Quando saímos ainda estava chuviscando, aquele era um dia perfeito para mim, só não seria se o sol aparecesse e estragasse tudo.
- Bem filha já está na hora.
- Vamos já estou pronta.
Me admirei do novo carro da mamãe, era lindo! Nós entramos nele e seguimos viagem para a escola.
- Chegamos – disse minha mãe.
Eu estava ansiosa, o bastante pra me desesperar e não entrar na escola.
- Filha já chegamos – disse minha mãe tentando me alegrar.
- Eu sei, respondi sem nenhum entusiasmo.
- O que acha da sua nova escola? É linda, não é?
Minha mãe falou entusiasmada tentando me conformas, mas não adiantou muito.
- O que foi filha? Não precisa se preocupar eles não atacarão você. Eu sei que é difícil, mas você precisa se acostumar, não tem outro jeito.
- Tenho que ir mãe.
- Boa sorte!
- Ah! Tá obrigada!
Neste primeiro dia de aula não sabia o que fazer, nem o que esperar. Meus pensamentos estavam voltados para a nova escola, a qual eu mal sabia onde ficava a sala que eu estudaria. O bom dessa escola é que ninguém fica olhando pra mim. Outra coisa muito boa, a escola é toda climatizada, possui um refeitório simples, mas aconchegante, mas o que surpreende mesmo e que ela é toda rodeada de plantas. Isso me traz boas lembranças da minha antiga escola.
Em meio a esses pensamentos segui direto para a secretária.
A secretaria e bem iluminada, o local e pequeno com cadeiras dobráveis, um tapete azul na porta com o nome “Seja bem vindo”. Há também vários troféus em cima de uma prateleira, a sala é dividida por um balcão. Do outro lado dele há mesas com computadores. Atrás de uma delas, uma mulher de cabelos lisos, pretos, blusa branca de mangas e calça jeans trabalha a frente do PC. Ao me ver para suas atividades e pergunta:
- Posso ajudá-la?
- Meu nome é Jane, estou um pouco perdida, sou novata aqui na escola.
- Jane Smalley, certo?
- É sim.
- Espera só um minutinho – disse ela, procurando dentre vários documentos até encontrar um papel.
- Sua turma fica na 3ª sala do 2º andar, por essa caderneta você se guia nos horários – disse isso e me entregou.
- Muito obrigada!
Ela olhou pra mim e sorriu desejando que eu goste da escola e de Parauapebas.
Ao sair da secretaria percebi que os alunos já começaram a chegar. Para não passar por idiota coloquei a caderneta dentro da bolsa, pus esta nos meus ombros, respirei fundo e fui procurar minha sala.
Ao entrar pude perceber que ela era grande, deveria ter em média 40 alunos. Segui direto para a mesa do professor e entreguei a caderneta para ele assinar. Observei que ele era alto, branco e simpático. Olhei para a placa da mesa dele e vi que estava escrito Professor Klebson, Biologia. Ele fitou os olhos em mim e disse:
- Seja muito bem vinda!
- Obrigada!
Eu segui para a fila e me sentei em uma cadeira bem a frente.
Neste primeiro dia a aula não foi muito produtiva, não sei se era porque eu esperava mais.
O tempo passou rápido, eu não estava muito feliz, mas tudo bem repetia pra mim mesma, é só o primeiro dia de aula.
A sirene tocou anunciando o fim da aula. Os alunos fizeram uma zoada imensa para sair. Eu fiquei observando aquilo, até que uma garota branca de cabelos cacheados meio castanho, se aproximou de mim e disse:
- Oi! Como é o seu nome?
- Jane, é o seu?
- Selena.
- Eu vim te convidar para participar da nossa torcida, gostaria que fosse líder. O que acha?
- Não, ou melhor, eu não posso. Sou péssima em animação e ser líder de torcida não é a minha cara, de qualquer forma obrigada!
- Tudo bem, eu serei então, já estava pensando nisto.
- Jane eu soube que você é de uma cidade muito fria. As pessoas lá não são todas brancas?
- É, às vezes eu mesma me pergunto isso.
- Desculpe a minha indiscrição, mas só quero te conhece-la melhor. Quer lanchar comigo e minha turma.
- Eu adoraria!
Fomos em direção ao refeitório, sentamos à ponta da mesa onde havia três amigos dela, eles nos cumprimentaram, todos muito brincalhão e educados. Um dos garotos se chama Maicon, cabelo cor de mel, não muito branco com idade de aproximadamente 17 anos.

Escola: EEEM Irmã Dulce
Autoras: Gláucia de Cássia Aquino
Eslandia Maria Aquino
Série/Turma: 1º ano M1TR07

Apresentação

O que o livro tem a nos trazer?
Este livro nos mostra que apesar de tudo que essa garota tinha, (Jane Smalley) como: os pais literalmente ricos e uma vida sonhadora que toda menina adoraria ter, ela não ligava para o mundo material, pois o que ela queria mesmo são coisas banais e que poucas meninas desejam, ser humilde.
Hoje em dia são poucas as pessoas que independente de ser ricas ou não, não se dão conta de como é importante ser humilde, querem sempre mais e mais, e não se importam com a felicidade dos outros.
Jane é uma garota com características frágeis, um pouco diferente de seus pais, e a única coisa que ela não tem de diferentes das outras garotas é que ela é super romântica, e é “humana” como todos nós, ela sentia a necessidade de encontrar um grande amor, pra ter algo significativo na vida.
Ao escrevermos esse livro tiramos a conclusão de que a vida não se constrói só com coisas grandiosas, mas sim com pequenos detalhes que é amar a Deus acima de qualquer coisa e ser humilde antes de mais nada.
Esperamos que ao ler a sinopse você possa tirar conclusões da sua vida, e agregar valores que te façam ser quem é.

Escola: EEEM Irmã Dulce
Autoras: Gláucia de Cássia Aquino
Eslandia Maria Aquino
Série/Turma: 1º ano M1TR07

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Epilogo

A grande decisão traz a derrota
Olha pra mim e tem piedadede mim, porque estou solitário e aflito.
As ânsias do meu coração se têm multiplicado, tira-me dos meus apertos.
Olha pra minha aflição e para a minha dor e perdoa todos os meus pecados.

Salmo, 25:16-18.

Escola: EEEM Irmã Dulce
Autoras: Gláucia de Cássia Aquino
Eslandia Maria Aquino
Série/Turma: 1º ano M1TR07

terça-feira, 28 de setembro de 2010

No Ritmo do Luar


Este livro nos traz a história de uma jovem (Jane Smalley), uma garota infeliz por ser uma humana fraca e imbecil que é obrigada por seus pais a mudar-se para uma nova cidade. Lá ela encontra-se perdida dentro de uma floresta, mas acaba sendo salva por um lindo e romântico rapaz (Alex Samer), que no momento mais triste de sua vida, torna-se o único e grande amor, porém o que ela não sabe é que esse romance pode lhe trazer terríveis conseqüências, uma delas é tornar-se uma loba forte, mas infelizmente amaldiçoada por ser um monstro, como ela mesma ser julga, e que seu grande amor também pode se transformar em lobo e o pior, é ser um de seus grandes inimigos por pertence a uma alcatéia rival.
Será que esse amor, apesar de ser tão forte, como é, poderá suportar a todos esses obstáculos?

Obs: Sinopse do livro que nós estamos escrevendo.

Escola: EEEM Irmã Dulce
Autora: Gláucia de Cássia Aquino
Eslandia Maria Aquino
Série/Turma: 1º ano M1TR07